quarta-feira, 28 de maio de 2014

Aqui, ali, por todo lugar.

   Comecei; Abri os olhos e ao redor procurei entender aonde estava. Até quando ficarei parada em pensamentos, imaginando o que fazer e para onde ir? Tudo que tenho visto ultimamente leva meu corpo a querer continuar e ao mesmo tempo minha mente me impede. Me impede de querer lutar, me impede de querer correr.
   Então me deito; Me deito e me deixo levar por algum tipo de força maior que vá erguer meus pés do chão, que vá erguer meu corpo e me levar além. Por um singelo momento pensei que essa força seria você ou sairia de você.
   Mas me esqueci; do quão errado você é, do quão incerto e calado. Do quanto não consigo decifrar seus pequenos movimentos ou até mesmo o maior deles. Me esqueci de como você infringe as barreiras do meu pensamento e tem acesso à uma região que meu próprio eu não consegue se instalar.
   Me desesperei; tanto quanto esperei por você, por um olhar e por uma palavra. Mas seu rosto pesado e olhos desconfiados me sorriram e me sequestraram.
   Relaxei e me deixei levar; tanto que por um momento achei que não teria volta. Me entreguei de olhos fechados sem querer pensar sobre a semana ou o mês que vem, até o deleite da água da chuva que caia no dia seguinte, até o momento em que abri os olhos. 
   Te procurei; Aqui dentro você se encontrava, ali você não estava mais e por todo lugar você se espalhava, como se eu tivera escolhido e mostrado o melhor que existe em você e ao mesmo tempo, você virou as costas e foi embora com o vento que leva a folha seca a se deslizar pelos ares. 
   Parei novamente; olhei ao redor e me vi cercada de folhas secas, garrafas vazias, copos meio-cheios e cabeça meio zonza. 

   E depois de começar, deitar, esquecer, desesperar, relaxar e procurar, volto ao meu estado blasé onde ter você ou não, já não faz diferença; onde folhas secas e chuva são a mesma coisa; onde copos estão cansado de serem meio-vazios. 
   


   

domingo, 30 de setembro de 2012

Lembrete.

     Abri os olhos, e com a visão ainda se acostumando com a claridade, me espreguicei. Com uma preguiça enorme de levantar da cama eu olhei para o celular e vi que era 12:27, levantei e fiz todas aquelas coisas automáticas que todas as pessoas "normais" costumam fazer ao acordar. Fui ao supermercado a pedido da minha mãe e de uns tempos para cá adquiri a mania de ao sentar no carro ligar o som e deixar que a música que ali tocasse embalasse meus pensamentos. Hoje não foi um bom dia para que isso acontecesse.
     Saí da garagem e no primeiro sinaleiro que parei, comecei a pensar em muitas decisões que tomei na minha vida de um tempo para cá (como se eu já não tivesse feito isso antes). Hoje foi um daqueles dias desanimadores que nos da vontade de desistir de tudo que tínhamos planejado para o nosso futuro e simplesmente admitir que não passamos de seres humanos medíocres que vivem a mercê de nossas próprias vidas. Felizmente, o sinal abriu e eu me desviei destes pensamentos.
     Ao voltar para casa, almocei com a minha família e deitei no sofá antes de começar a estudar. No momento em que repousei minha cabeça na almofada, comecei a vagar dentro dos meus próprios pensamentos novamente. Mal me importava o que se passava na TV naquele momento, eu só conseguia pensar na noite anterior que, cá entre nós, foi muito surreal só que felizmente muito divertida no final de tudo. Dei um sorriso meio besta e fechei os olhos à procura de tranquilidade psicológica. Não encontrei. Todas as palavras que me vinham à cabeça era: "O que você está fazendo? Você está afastando todo mundo. Isso tudo é culpa sua e essa sua mania de ficar correndo atrás de sonho. Você não vê que isso é desperdício de tempo? Será que só você que não percebe o quão trouxa você é com essa mania de ter esperança em cada coisinha que acontece na sua vida?", aquilo foi me afetando de um modo tão incômodo que decidi me levantar, tomar um café e ocupar minha cabeça com algo mais útil: Estudos.
     Novamente, assim como aconteceu com a TV, mal consegui me concentrar nas palavras que se passavam à minha frente. À procura de um refúgio, comecei a assistir alguns videos que me deram inspiração o suficiente para pegar o violão e tocar algumas músicas. Notei, pela trigésima vez, o quanto a música é a única que consegue me ajudar alguns momentos. Eu sinto algo muito forte quando me identifico com a letra de alguma delas e isso não cabe dentro de mim: Eu pulo, eu grito, eu arrepio, eu suspiro. Depois de ter feito todas essas ações, eu parei e do jeito que eu estava, imóvel, notei que essas são coisas que eu só faço quando algo realmente me deixa feliz ou me emociona de uma maneira positiva, foi aí que me lembrei de alguns meses atrás quando me decidi que sair dessa cidade por alguns meses para investir naquilo que eu realmente quero, foram exatamente aquelas ações que eu fiz. Como eu poderia abandonar tudo isso? Impossível! Sempre fui muito movida a sentimento, sempre sofri muito por ser assim. Em todos os relacionamentos, sejam eles amorosos, familiares ou amistosos. 
     Eu já tentei mudar em prol de um melhor relacionamento com as pessoas à minha volta. Só que chega um momento que você não aguenta mais só pensar nos outros. Você quer viver a sua vida, você quer pelo menos tentar correr atrás dos seus sonhos, você quer gritar, falar o que sente (mesmo sendo o que não deve ser dito) e você vê, tem e sente o direito de aproveitar cada pequeno sinal que surge na sua frente. 
     E esse é o momento que você para de se culpar pelas coisas que você fala, porque você já se preocupou demais. É o momento que você resolve diversificar suas atitudes, passa a conversar com pessoas muito legais que vivem à sua volta mas que você mal conversa. É quando você "chuta o pau da barraca" e corre atrás de consertar todas as injustiças que andam acontecendo na sua vida e afastar todas as pessoas que não aceitam a sua opinião simplesmente por não quererem, já que elas não fazem o mínimo esforço para tentar te entender. 
     Você tenta mostrar para todas as pessoas, que duvidaram de você ou que te julgavam, que correr atrás de um sonho só tem a acrescentar na sua vida. Você cresce, evolui e se torna uma pessoa melhor. Mas, infelizmente, algumas pensam tão baixo que não conseguem aceitar OU AO MENOS não se intrometer na sua vida com opiniões desanimadoras que te fazem repensar e desistir de tudo.
     E quando você se sentir fraco o bastante para não querer sair de casa para lutar por alguma ideia, pare, escute uma música que você gosta muito, respire fundo e continue levantando todo dia 6h00 da manhã, ralando das 7h10 até 12h20, estudando todas as tardes, frequentando e se dedicando às suas aulas de Ragga que você tanto ama, chegando em casa, dançando ainda mais e ir dormir 0h00 para acordar às 6h00 de novo no outro dia. Faça tudo isso sem peso na consciência porque afinal, é o que te faz feliz.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Chatiações e Soluções

   De repente você se encontra sozinha, olhando para a janela sem saber o que fazer, muito menos por onde começar. É tanta coisa na sua cabeça que até a mais óbvia e simples das situações, como escovar os cabelos, se torna algo muito cansativo e irritante.
   Enquanto você está se desdobrando em duas pessoas para conseguir aprovação semestral em um curso que exige, no mínimo, 98% da sua dedicação e que você nem sabe se gosta, ainda existem pessoas que você considera importante, que pensam que você não está levando a sério. Mas ao mesmo tempo você não se preocupa com elas, elas são o mínimo dos seus problemas. Como dito anteriormente, você tem coisa de mais para fazer e sua mente não possui mais espaço para armazenar qualquer tipo de julgamento.

   Vem a fase da cobrança psicológica em cima de você mesma. É a hora em que, ao ver um cachorro na rua, você acha que ele é mais capaz que você e que, se estivesse no seu lugar, ele estaria se saindo bem melhor. O desespero bate, e você só pensa no quão cansada está.
   Sem palavras. Tudo que você tenta realizar em um trabalho não te agrada. Você começa a ter o tique nervoso de olhar no relógio a cada dois minutos para ver quanto tempo falta para você se livrar disso, e é aí que você descobre que o - anteriormente conhecido como Problema - tem nome e endereço: O nome é o seu; e o endereço é o seu próprio cérebro.
   É exatamente nessa hora que a máxima "Escolha um trabalho que você ame e você não terá que trabalhar um único dia da sua vida" resolve te fazer uma visita e é então que o Problema sente mais vontade ainda de te atormetar.

   A dúvida, inevitavelmente, surge na sua cabeça: Será que eu vou amar fazer o que eu tento fazer hoje? E caso eu não ame, mas consiga realizá-lo, será que eu serei feliz? O que é felicidade? Realização Profissional compõe grande parte dela?
   Acho que isto não é nem 10% do que felicidade significa para mim. Vai muito além.
   Na verdade, felicidade para mim é quando você acorda em um domingo de manhã com a sua mãe fazendo carinho nas suas costas e até que, com muita preguiça, você levanta da cama, se ajeita e encontra a familia inteira reunida na sala assistindo TV e você da um "oi" meio sem jeito por ter acordado tarde e, com o cabelo meio bagunçado, olha pela janela e repara no quão bonito o dia está. Felicidade para mim é poder abraçar aquelas pessoas que eu sei que não vão me abandonar nas horas dificeis. Felicidade para mim é poder ter a figura dos meus pais como inspiração, seja como pessoa, seja na vida profissional. Felicidade para mim também é sair para a faculdade e depois de retornar cansada, ao abrir a porta, ouvir seu cachorro latindo com a lingua para fora e pulando em cima de você e, ao deitar no sofá procurando um pouquinho de tranquilidade, sentir uma patinha te arranhando pedindo um espaço para deitar com você. Felicidade para mim é quando você, mesmo cansada, vai à aula de dança que tanto ama, encontra com as pessoas que você tanto gosta e acaba descobrindo que você é muito mais forte do que imagina e que tem pessoas ao seu lado para te passarem tanta energia positiva. Felicidade para mim é rir, rir da brincadeira boba que aprendeu com uma colega, rir dos erros que você mesma comete, rir de um seriado legal e ao mesmo tempo rir do que não teve graça para ninguém, mas se teve para você, por que se esconder? Felicidade para mim é cantar desafinado, felicidade para mim é chorar de felicidade depois de ter passado por momentos que você nunca vai esquecer na vida.

   E é depois de dar uma olhada para dentro de você mesma que você percebe que a vida passa muito rápido. Pessoas que você conheceu e que eram importantes para você, ja não estão mais ali e tudo que elas deixam é uma marca enorme no seu coração, fazendo com que você jamais as esqueça.

   O segredo então é parar, olhar ao seu redor e perceber quantas coisas lindas existem e que a vida vai muito mais do que fazer uma plástica para tentar agradar outras pessoas ou se desdobrar em duas todo mês a procura de uma ótima realização profissional. Porque daqui a alguns anos, beleza e nem o dinheiro terão volta, mas o dia azul que você ve no domingo de manhã estará ali por muito tempo ainda.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Rotina

  A mesma história, o mesmo caso, as mesmas pessoas, pontos de vistas diferentes.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Eu domino a arte de recomeçar.

Do fim, levo a falta de inspiração.
Nada mais fazia sentido e por um tempo nada fará. Me resta recomeçar mais uma vez.
Só espero que essa charada nunca mais volte a assombrar meus pensamentos, eles ja estão cansados de você.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Vento, mas não no litoral, e sim aqui.

Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção,
Aonde está você agora, além de aqui dentro de mim?

Agimos certo sem querer,
Foi só o tempo que errou.

Vai ser difícil sem você,
porque você está comigo o tempo todo.
E quando vejo o mar, existe algo que diz que a vida continua e se entregar é uma bobagem.

Ja que você não está aqui, o que posso fazer é cuidar de mim.
Lembra que o plano era ficarmos bem.



:l

sexta-feira, 22 de abril de 2011

E você, o que tem feito?

" You say you want a revolution, well you know... We all wanna change the world "
   Enquanto algumas pessoas escrevem sobre fazer a farra em um iate, ja existiram pessoas que usaram a criatividade e a capacidade musical para coisa melhor. Não apenas na música, mas em tantas outras coisas.
   O que seriam as leis de hoje sem aqueles que lutaram para a desigualdade racial acabar? O que seria do mundo sem aqueles que possuiam o mínimo de bondade no coração e que se lamentaram pela situação da época da segunda guerra e se importaram em ajudar a quem precisasse? E hoje? O que temos?
   Sair na rua por uma causa - que nem precisa ser nobre - é muito difícil de se ver. É triste ver que as pessoas se acomodaram a uma situação tão fria e que são poucas dentre esses 6 bilhões que se comovem ao ver a cena de alguém dormindo em cima de um pedaço de papelão no meio da rua em dia frio, ou em qualquer dia que seja, isso não é certo.
   Mas desses assuntos todos se cansaram, os heróis morreram, e aqueles que seriam capazes de fazer a diferença não estão mais aqui. Mas ainda sim, eu acredito nesse pouquinho de gente que ainda tem um coração e que estão dispostos a fazer mais do que uma vidinha medíocre de rotina os propõe.
   Vai dizer que você não concorda comigo?
   Onde estão aqueles que são capazes de criar uma música de puro coração?
   Onde estão aqueles que fazem a diferença em nossas vidas?
   Onde estão aqueles que estão dispostos a fazer mais por outro alguém?

   Não vá pensando que estou sendo equivocada, até agora não disse que eles não existem. Eles são raros e estão por ai, e são sortudos aqueles que os encontram e conseguem mantê-los juntos a si até o dia em que tudo se esvair.

  E, cara, como eu sou sortuda!