Então me deito; Me deito e me deixo levar por algum tipo de força maior que vá erguer meus pés do chão, que vá erguer meu corpo e me levar além. Por um singelo momento pensei que essa força seria você ou sairia de você.
Mas me esqueci; do quão errado você é, do quão incerto e calado. Do quanto não consigo decifrar seus pequenos movimentos ou até mesmo o maior deles. Me esqueci de como você infringe as barreiras do meu pensamento e tem acesso à uma região que meu próprio eu não consegue se instalar.
Me desesperei; tanto quanto esperei por você, por um olhar e por uma palavra. Mas seu rosto pesado e olhos desconfiados me sorriram e me sequestraram.
Relaxei e me deixei levar; tanto que por um momento achei que não teria volta. Me entreguei de olhos fechados sem querer pensar sobre a semana ou o mês que vem, até o deleite da água da chuva que caia no dia seguinte, até o momento em que abri os olhos.
Te procurei; Aqui dentro você se encontrava, ali você não estava mais e por todo lugar você se espalhava, como se eu tivera escolhido e mostrado o melhor que existe em você e ao mesmo tempo, você virou as costas e foi embora com o vento que leva a folha seca a se deslizar pelos ares.
Parei novamente; olhei ao redor e me vi cercada de folhas secas, garrafas vazias, copos meio-cheios e cabeça meio zonza.
E depois de começar, deitar, esquecer, desesperar, relaxar e procurar, volto ao meu estado blasé onde ter você ou não, já não faz diferença; onde folhas secas e chuva são a mesma coisa; onde copos estão cansado de serem meio-vazios.
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