sábado, 20 de novembro de 2010

Feliz Antiga Vida Nova

E o medo assola seu coração. Chega a hora do dia na qual o ponteiro do relógio parece estático. É perceptível em seu olhar, é perceptível que existe preocupação, que torna esta garota fraca, sem forças e sem vida. Ela espera sentada, apreensiva e sabe que pequenos atos poderiam derrubar a pirâmide inteira feita por tijolos que foram tão intensamente colocados ali. Então ela passa a tentar fazer o papel do concreto, que mantém tudo unido para que nada caia diante de seus olhos.
Mas não é fácil. Nunca foi fácil. Nunca será fácil. E seu psicológico começa a padecer na ideia de que não adianta lutar.
Porém, mesmo assim ela insiste! Insiste porque acredita. Acredita que mesmo depois da chuva, o sol voltará a aparecer e o brilho de verão iluminará sua janela. E ela então acordará, meio confusa, mas ao chegar à mesa ja na hora do almoço terá a certeza de que o sol de verão voltou a brilhar bem como seus olhos ao ver que todos aqueles os quais tanto ama permaneciam ali, como um só.

E ela seguirá seu caminho novamente, suportanto, com sua força, tudo e todos que tentarem derruba-la.
Toda essa força ela sabe que pode tirar de seu corpo e sua mente, de sua dança e sua lógica.
Porque ela não dança para esquecer da vida e sim para lembrar que ela existe.
Porque ela não escreve para reclamar, e sim para refletir.

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